Posso dizer que, para um iniciante no mundo dos estudos da música, o princípio inicial é uma questão de tempo. Embora essa sentença pareça dúbia e meio confusa, ao longo do texto isto ficará mais claro. O objetivo aqui é tentar definir uma “pedra angular” para que os estudantes e entusiastas do estudo musical saibam exatamente como começar a partir de uma base sólida e consigam desenvolver seus estudos de forma consistente. Embora o ímpeto inicial seja por começar imediatamente a cantar ou praticar em um instrumento, entender os conceitos e fundamentos musicais antes de qualquer outra coisa significa já sair na frente. Porém, por diversos motivos, que não vale a pena citar agora, pois já expliquei em uma postagem anterior (leia aqui), a esmagadora maioria dos aspirantes a músicos começa pelo jeito menos eficiente. Tocar e cantar é ótimo e gera uma sensação de evolução, de estar realmente no “jogo”, mas é uma ilusão, mero divertimento.
Imagine um entusiasta por poesia que decide produzir seu próprio material. Ele pode começar escrevendo a esmo, tentando imitar aleatoriamente aqueles poetas que já conhece, ou tirar um tempo para estudar os fundamentos e ir percorrendo o caminho necessário com passos firmes. Quem opta pela primeira opção, tende a entrar em um looping de repetição e frustração, sendo que, ao se deparar com quem domina os fundamentos da arte, acabará tendo sua debilidade teórica exposta ao ridículo. Por mais que ele seja um gênio e consiga de forma empírica construir seus versos brilhantemente, se ele entendesse o que está fazendo possibilitará a ele o maior domínio sobre sua arte, podendo variar, reinventar e evoluir, não precisando ficar se repetindo por ter acertado através da tentativa e erro. O mais importante, ao dominar os fundamentos de sua arte e poder explicá-la de forma clara, poderá contribuir com outras pessoas que tenham a mesma paixão. Se é realmente uma paixão, por que não a levar a sério?
Na música, os aspectos relativos ao tempo (andamento, duração das notas e pausas, repetições...) são os elementos mais básicos e precisam ser estudados inicialmente com muita atenção. Com isto em mente, se aprende o que é um andamento e a importância de mantê-lo constante de acordo com a peça que se quer trabalhar e alterá-lo quando necessário. Sobre ele colocar as semínimas, colcheias etc. de acordo com a necessidade e compreender como essas notas e pausas constroem a estrutura rítmica. Aliás, algo que me faltou no início de meus estudos foi trabalhar com algum instrumento de percussão por mais tempo, já que cheguei a praticar tocando surdo e pandeiro em alguns momentos de lazer. Uma noção de bateria seria uma bela forma de desenvolver o instinto rítmico, pois instrumentos de corda, sopro ou teclados acabam chamando mais atenção por conta de seu lado tonal e o estudo melódico e principalmente harmônico acaba tomando mais tempo dos estudantes do que os fundamentos rítmicos.
Trazendo a noção de tempo para outros aspectos da vida, podemos observar como o tempo atua sobre os juros nas finanças, tanto a nosso favor como contra nós, na frequência e na intensidade nas atividades físicas, na organização da agenda. Aliás, sobre este último ponto, cabe destacar que, a partir do momento em que inseri uma agenda na minha rotina é que pude enxergar claramente o que eu realizaria e o que procrastinaria. Aprendi que, por mais que se queira fazer algo, se não definirmos data e hora para aquilo fatalmente não iremos fazer. Outro aspecto percebido foi o quanto de tempo eu gastava com besteiras. Isso tudo que foi citado é apenas uma fração do que o tempo representa. Em última instância, tempo é vida. Quem controla seu tempo controla sua vida.
Voltando ao estudo musical, é certeza que a arte é uma forma de construir o mundo externo. Assim, o jeito como você estuda ou trabalha com música tende a refletir na sua vida de forma mais ampla. Já foi provado que a maneira como uma pessoa lida com uma coisa tende a ser padrão para todas as outras. Além disso, como não canso de repetir, o tempo é o recurso mais escasso que existe, pois todos temos apenas 24 horas por dia, 7 dias por semana, 4 semanas por mês e cerca de 365 dias no ano. Só porque é gratuito, este recurso não deixa de ser o mais valioso e saber utilizá-lo, começando com a música, mas aprendendo a organizá-lo para abranger todos os aspectos da vida é uma forma de potencializar seu uso. Aprenda os fundamentos musicais antes de tentar ir além e dificilmente se frustrará.
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