Na postagem anterior do blog (leia aqui), eu escrevi sobre ter assistido à apresentação do Metallica na festa de premiação do Grammy de 1989. Mas a banda que eu viria a conhecer depois era um pouco diferente daquela que se apresentou tocando One. E é por conta desta fase que quero comentar com você leitor sobre os 40 anos de uma obra-prima do metal.
Já era início dos anos 1990, mas ainda não havia um frenesi midiático em torno da banda por conta do lançamento de Enter Sandman, Sad But True e Nothing Else Matters. Um belo dia, um grande amigo comentou que havia comprado um LP do Metallica. Era exatamente Ride The Lightning. Logo pedi o disco emprestado e gravei uma fita K7 para ouvir em casa depois que devolvesse o original ao seu dono.
Ride The Lightning, lançado em julho de 1984, em alguns locais no dia 25 e em outros no dia 27, pela gravadora independente Megaforce Records, é o sucessor de Kill Em’ All, primeiro álbum da banda. Gravado durante três semanas nos Estúdios Sweet Silence, em Copenhague na Dinamarca, pelo produtor Flemming Rasmussen, o álbum marcou a troca de gravadora e a assinatura de um contrato mais promissor com a Elektra Records.
A arte da capa é uma referência ao romance The stand de Stephen King ( https://amzn.to/3THiMx8 ), assim como a última faixa, a instrumental The Call of Ktulu, remete ao conto do autor de suspensa H.P. Lovecraft ( https://amzn.to/3U2UeA6 ). Já a faixa Creeping Death, um dos clássicos da banda em todos os tempos, é inspirada em trechos do livro Êxodo da Bíblia. Assim como outro clássico definitivo (mas que eu particularmente acho a faixa mais fraca do disco, embora já tenha tocado ela com a Heavinna) For Whom The Bell Tolls, que faz menção a obra de mesmo nome do escritor Ernest Hemingway ( https://amzn.to/3UbOPXz ).
Em termos musicais, o disco abre com uma instrução mais alegre e singela interpretada por guitarras sem distorção e cristalinas para dar lugar a pancadaria Fight Fire With Fire, que mostra claramente uma continuação do álbum Kill Em” All, mas quando entra a faixa título em meio a trovões a banda já mostra sinais de evolução apresentando uma música pesada, densa e marcante.
A terceira faixa é a já citada For Whom The Bell Tolls, que começa um riff de baixo executado por Cliff Burton carregado de distorções e efeitos, acompanhado pelas guitarras pesadas de James e Kirk que dão seguimento com um belo riff de guitarra do segundo. O que me faz considerá-la a composição mais fraca musicalmente falando é o fato dela manter o mesmo ritmo ao longo do tempo, ter um refrão simples demais e não ter solo de guitarra.
Mas em seguida, Fade To Black, minha favorita, com uma letra triste e sufocante sobre arranjos que contam com belos solos de guitarra, acordes limpos de guitarras intercalados com peso e agressividade até mudar de intenção nos arranjos para a finalização instrumental. Embora tenham seguido um modelo de balada heavy comum, os quatro músicos o levaram a perfeição.
Trapped Under Ice e Escape são pesadas, repletas de vocais rasgados, mudanças de ritmo, riffs pesados e solos rápidos. Entretanto, embora figurassem muito bem em qualquer outro álbum da banda, elas passam quase despercebidas pelo que veio antes e pela também citada Creeping Death, que além de tudo isso, ainda consegue superá-las em todos os aspectos.
Quando a boa The Call Of Ktulu encerra o álbum mantendo o seu nível desde o início, a sensação é de que não haveria espaço para nada depois dele. Porém, temos de lembrar que o trabalho seguinte foi Master Of Puppets, ou seja, era apenas o início de uma trajetória que levaria a banda ao topo no seu estilo.
Para quem quiser adquirir essa obra no formato físico, deixo o link ( https://amzn.to/3xswbBs ) e para quem conhece a banda superficialmente, mas curte o estilo, eu convido a ouvir esta obra com atenção e observando os detalhes, tanto das letras como do trabalho instrumental. No ano de seu quadragésimo aniversário de lançamento, Ride The Lightning permanece sendo uma obra-prima do metal.
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