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Foto do escritorKako Ramos

E se...?


e se

E se parássemos de fingir que estamos satisfeitos com nossas rotinas e começássemos a fazer o que realmente queremos? Claro que frente à essa pergunta algum engraçadinho viria com um monte de besteiras infantis como: nunca mais fazer nada, beber o dia inteiro, dormir o tempo todo ou tantas outras citações que refletem os anseios de quem vive em agonia. Mas o ponto não é este, buscar fugas, e sim, “ligar o foda-se” para todas as pressões externas que tentam nos impor uma vida “ideal” e possível dentro da nossa realidade. Já falei em postagens anteriores de quando tomei contato com a música e sobre viver uma vida tediosa (leia aqui e aqui), e esta postagem seria uma continuação deste assunto existencial, pois falei da minha infância e do início da minha fase adulta, agora estou no “pós-síndrome da meia-idade”.

Em meio a pandemia por COVID 19, em meados de 2020, com aquele cenário catastrófico desenhado pela mídia, certas coisas ficaram muito claras pra mim. A principal delas é que a vida é curta e se vive um dia de cada vez. Assim, ligar o “piloto automático” de segunda a sexta-feira para apostar tudo nos finais de semana não poderia ser uma opção saudável para ninguém. Entretanto, eu fui uma dessas pessoas que vivia pelos “happy hours” de sexta a domingo. Ou seja, não me permitia relaxar e aproveitar o momento enquanto estava trabalhando, mesmo que estivesse me divertindo. A “síndrome da prostituta”, que nada mais é do que fazer algo por dinheiro e manter a mente em outro lugar, sempre foi a normalidade para a maioria das pessoas que conheci. Os finais de semana, as férias, a aposentadoria, todos momentos no futuro, que quando realmente se tornam presentes se mostram decepcionantes.

Felizmente, eu consegui quebrar essa maldição e me livrar das amarras da rotina comum, ao menos da forma como a conhecia até então. Isso parece impossível para a maioria das pessoas, mas para mim foi apenas voltar a ser aquele menino de 11 anos assistindo televisão e que conheceu Metallica. Quando me conectei com aquele momento e perguntei a ele (que reencontrei dentro de mim) sobre o que achava de onde eu havia chegado, obtive como resposta um gesto de reprovação. Então eu soube de imediato o que realmente precisava fazer, talvez não soubesse exatamente como. Por sorte, toda a tecnologia que molda o mundo de hoje parece ter sido desenvolvida para que eu possa usá-la para consertar isso. Com ela eu posso aprender qualquer coisa que deseje e colocar em prática meus projetos. Talvez fosse possível fazer isso em outros tempos, mas eu jamais encontrei um jeito de fazê-lo.

Não posso dizer que a vida que eu tenho atualmente é perfeita, pois é exatamente a mesma que vivi nas últimas quatro décadas e meia, a única coisa que mudou foi a minha perspectiva em relação a ela. Agora eu não troco meu tempo por dinheiro, pois ele é valioso demais para ser precificado pela moeda corrente. O que faço é usá-lo para planejar e executar as tarefas para as quais eu recebi o chamado, que, por consequência, são as que mais me trazem satisfação. Nunca me senti tão rico e realizado, embora já tenha tido muito mais dinheiro e também tenha feito coisas que desejava muito fazer. Não é uma questão exata e mensurável em termos matemáticos, muito menos comunicável para que terceiros compreendam, infelizmente.

É óbvio que ainda tenho os mesmos problemas que todo mundo costuma ter, pois estou inserido na mesma realidade que as pessoas ao meu redor. Porém, decidi fazer aquilo que amo e considero ser o meu propósito desde menino ser temer represálias ou reprovação. Assim, todo o resto perde o valor, o significado. Estar onde estou tem seu preço a ser pago em parcelas diárias. Há solidão. Por outro lado, existe mais ar puro para respirar, não há pressa e nem competição, apenas um caminho aberto logo a frente. É como estar em um barquinho no meio de um rio estreito, mas muito calmo. As margens estão ali, próximas, entretanto, a única opção parece ser remar em direção ao horizonte.


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