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A tal da Escala Geral


escala geral

Como a audição humana percebe sons entre 20 e 20.000 Hertz, e eu já repeti isso algumas vezes, distingue claramente notas emitidas por instrumentos musicais em volumes mais baixos tendo como referência o nível de ruído do ambiente e consegue suportar uma determinada pressão sonora com base no tempo de exposição e a potência em decibéis, se forma uma escala chamada de Escala Geral composta por 97 notas em intervalos de semitons seguindo os ajustes feitos por Johann Sebastian Bach, que igualou sustenidos e bemóis na mesma frequência, o que organizou o “espectro tonal ocidental”. Essa escala diatônica cromática referencial tem por objetivo dar uma visão ampla ao músico de suas possibilidades sonoras relativas às tonalidades e um referencial para colocar seus instrumentos dentro de uma estrutura composicional.

Nestas 7 oitavas musicais obtidas (cada ciclo de 12 notas até que se repitam), a referência é o Dó Central (o quarto da parte grave para a aguda). É esta nota que define a divisão das claves musicais, mais ou menos como ocorre com o zero no conjunto Z da matemática, já que o fato de percebermos sons entre 20 e 20.000 Hertz não quer dizer que eles não existam além desses limites. Sendo que este dó é escrito sobre a primeira linha suplementar acima da pauta marcada com a Clave de Fá e na primeira linha suplementar abaixo da pauta grafada com a Clave de Sol quando entramos na escrita musical. São estas figuras (claves) que indicam onde as notas serão escritas no pentagrama. No piano, que é o instrumento popular com maior amplitude tonal, se utiliza a pauta com a Clave de Fá para as notas mais graves, ou seja, do Dó Central para a esquerda, e a Clave de Sol para as notas mais agudas, à direita desta nota referencial. Os demais instrumentos são escritos conforme a tonalidade que sua construção emite. Por exemplo, contrabaixos, violoncelos e outros instrumentos com sonoridades mais graves adotam a Clave de Fá para registrá-los nas partituras. Já guitarras, violões, violinos, flautas, entre outros, é comum serem escritos nas pautas com a Clave de Sol ordenando as notas.

Entretanto, ao longo da história estes conceitos nunca foram considerados definitivos, pois as Claves foram escritas em posições diferentes, o que mudava o local onde cada nota deveria ser escrita, além, é claro, do uso da Clave de Dó, que foi utilizada para escrever instrumentos cuja tonalidade girava em torno do Dó Central, sendo escrita em até quatro linhas diferentes. Como eu, particularmente, não sou um historiador e sim um músico, adotei apenas as posições mais utilizadas das Claves de Sol e Fá, oriunda da divisão da pauta de onze linhas em dois pentagramas feita por Guido D’Arezzo, que separou as regiões mais graves das mais agudar. Isso define um padrão a ser adotado e fugir das relativações inúteis que podem ocorrer quando abordamos tal assunto.

Com estas postagens falando de teoria musical, não tenho por objetivo convencer ninguém de nenhuma tese inovadora ou revolucionária, muito menos encerrar assuntos relacionados à teoria musical. Em meu livro Teoria Musical – Conceitos e Fundamentos, eu tentei abordar de forma clara e objetiva estes e outros aspectos, definindo conceitos, como estes sobre o uso das claves, para facilitar o entendimento do leitor, que certamente não vai ter à disposição sete posições de claves para ler e estudar. A perda de tempo nestes pontos é que faz muitos estudantes desistirem de compreender os aspectos mais importantes e acabam considerando tudo isso mera enrolação e conteúdo inútil na prática. A ação de alguns professores em demonstrar excesso de eruditismo acadêmico e peculiaridades para massagear seus egos acaba por prestar um desserviço para quem quer realmente aprender música.

Como pode ser percebido tanto pela imagem que ilustra essa postagem como pelas explicações sobre o tema, a Escala Geral serve para demonstrar a amplitude tonal existente e que pode ser utilizada por um compositor de arranjos para enriquecer sua obra ao escolher instrumentos que encorpem de maneira mais equilibrada suas obras, pois o contraste tonal é muito importante na audição de uma peça musical. Também, pelas razões expostas, não é necessário lançar mão de mais do que uma clave para região dos graves (Clave de Fá) e uma para as regiões mais agudas (Clave de Sol). Assim o tema pode ser encerrado de forma satisfatória.


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