Junto aos álbuns Paranoid do Black Sabbath, Don’t Break The Oath do Mercyful Fate e Abigail de King Diamond, eu adquiri o ferro britânico (British Steel) do Judas Priest. Já conhecia algumas músicas da banda pelos clipes que exibiam na MTV e o que ouvia nas rádios, mas após ouvir os três álbuns citados, já tendo gastado os LPS Cowboys From Hell e Vulgar Display of Power do Pantera, colocar o disco de vinil do Judas para rodar na pequena vitrola de uma das minhas irmãs me surpreendeu negativamente na primeira vez. Faltava peso e agressividade em Break The Law, embora a faixa tivesse um riff e um refrão marcante. Rapid Fire apresentou velocidade, mas depois destas, o que se ouve é uma mescla de hard rock com tentativas de hinos como Metal Gods e United, há até uma espécie de ska em The Rage, terminando o LP com a velocidade moderada de Steeler. Fora isso, Grinder poderia se encaixar no quesito hino metálico e You don’t Have to Be Old To Be Wise sendo um heavy básico, assim como Living After Midnight apresenta um hard/heavy que até foi tema de comercial de refrigerante.
É interessante frisar que nesta época, perto da metade da década de 1990, o que não faltava era opções, principalmente em se tratando de heavy metal, pois não podemos esquecer que foi um período em que tanto Rob Halford como Bruce Dickinson haviam abandonado suas respectivas bandas, Judas Priest e Iron Maiden, no caso. O que significa que os novos fãs de heavy metal, como era o meu caso, tinham diante de si um enorme cardápio que ia do “som de Seattle” passando pelo último suspiro de gigantes como Aerosmith, Van Halen, Guns N’ Roses e Metallica e contrastando com o metal “inovador” de Pantera, Sepultura, Faith No More, Nine Inch Nails e Type O Negative, e indo ao extremo com o black metal norueguês e o death metal. Onde encaixar o Judas Priest, o Black Sabbath, o Scorpions e outras bandas clássicas?
Poucos meses depois, British Steel tinha se tornado um dos meus álbuns favoritos e eu já tocava músicas como Break The Law, Rapid Fire, Metal Gods e Steeler toda vez que pegava a guitarra Jeniffer emprestada juntamente com o amplificador Staner de um de meus amigos. O que aconteceu para essa mudança de percepção? Eu acostumei-me aos timbres de vozes e a forma de compor da banda. Assim como acontecera com o Black Sabbath, a sonoridade passou a fazer parte do meu imaginário metálico, pois estes dois trabalhos especificamente, ao menos na minha cabeça, formavam um elo entre essas bandas do metal inglês que influenciavam demais o que se sucedeu musicalmente entre as décadas de 1970 e 1990. Um estava no princípio, o outro no meio e eu estava no fim, no resultado daquilo tudo.
Trinta anos depois, a percepção que tenho sobre este trabalho é que este foi o motivo de hoje o Judas Priest constar entre as vinte bandas que eu mais gosto. Até porque, com o passar do tempo, eu pude presenciar a banda ao vivo em dois momentos e só posso dizer que Halford e Cia. é a síntese do “heavy metal raiz”. A estética visual e musical que a banda apresentou desde seus primeiros álbuns e foi evoluindo, principalmente ao longo da década de 1980, após o lançamento de British Steel, são elementos definitivos do heavy metal. Portanto, não há mais nada de significativo a declarar além de pedir que adquiram esta obra-prima clicando no link abaixo ou ouvindo em seu serviço de streaming favorito.
Adquira seu vinil clicando aqui.
Ama música, mas não sabe nada sobre teoria musical. Clique no link abaixo e adquira o e-book que preparei com todos os conceitos e fundamentos necessários para conhecer a linguagem musical e iniciar sua jornada de aprendizado.
Quer aprender a tocar guitarra, mas acha que o conteúdo na internet está muito desorganizado e você não confia nos anúncios que vê? Clique no link abaixo e conheça KR Guitarra Original e comece a estudar agora mesmo.
Comments